Oficina "Vídeos Digitais Por e Com Povos Originários e Tradicionais" e relato dos bolsistas

Os bolsistas relacionados ao Grupo de Pesquisa em Informática, outras Mídias e Educação Matemática (GPIMEM) tiveram uma participação marcante e multifacetada no recente IX Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática (FVDEM) e no V Simpósio Internacional de Tecnologias em Educação Matemática (SITEM). Com oficinas práticas, apresentação de pesquisas e uma atuação fundamental na organização, o grupo deixou sua marca nos eventos.

Oficina Mão na Massa: Vídeos, Povos Originários e o Uso Consciente da IA

Um dos pontos altos foi a oficina "Vídeos Digitais Por e Com Povos Originários e Tradicionais", ministrada por Matheus Almeida, Matheus Zorer e Caio Braz, com o apoio do Prof. Dr. Marcelo C. Borba. A atividade foi muito além da teoria: os participantes foram convidados a produzir um vídeo do zero, vivenciando na prática todas as etapas do processo criativo.

A dinâmica permitiu uma imersão completa na criação de narrativas audiovisuais. Ao final, a equipe do GPIMEM conduziu uma rica discussão, oferecendo dicas e apontando caminhos para aprimorar aspectos técnicos e narrativos dos vídeos produzidos. Um tema central do debate foi o uso de Inteligências Artificiais na produção. A discussão enfatizou como a IA pode ser uma poderosa ferramenta de auxílio, otimizando processos como legendagem ou edição, mas sempre com a ressalva de que a tecnologia não deve jamais tomar a autoria ou a voz principal do criador.

Apresentações que Conectam Pesquisa e Extensão

O V SITEM também foi palco para a socialização de importantes trabalhos desenvolvidos pelos membros do grupo:

• Matheus Souza de Almeida, junto a Andrei Luís Berres Hartmann e Tiele Aquino Schunemann, apresentou o artigo "Educação Financeira no Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática", conectando duas áreas de extrema relevância social e pedagógica.

• O bolsista Caio Gabriel Braz compartilhou sua vivência no resumo de artigo "Festival de vídeos, realidade virtual e povos originários: um relato de experiência no evento de extensão Unesp na Comunidade". Ele abordou aplicações empolgantes sobre o uso de Realidade Virtual (VR) na educação matemática, destacando o potencial de imersão que essa mídia oferece para criar experiências de aprendizagem únicas.

• Matheus de Souza Zorer, também bolsista, apresentou o artigo "Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática em movimento: diálogo entre as vozes da pesquisa e da extensão". Em seu trabalho, ele aprofundou sua experiência acompanhando de perto a trajetória do Prof. Marcelo C. Borba e a evolução das últimas edições do próprio Festival, trazendo um olhar sensível sobre os bastidores da pesquisa e da extensão universitária.

Após uma participação tão ativa e focada em realmente fazer os eventos acontecerem, os bolsistas Caio Braz e Matheus Zorer admitiram terem saído transformados após tantas experiências enriquecedoras. Alegou o Caio Braz, "para ser sincero, eu não sabia muito o que esperar dos eventos, nunca havia feito nada igual, mas sabia que iria dar o meu melhor e aproveitar essa oportunidade da melhor maneira. Só não esperava que fosse algo tão empolgante. Mesmo que tenha sido algo árduo, no fim a sensação de ver os eventos acontecendo é muito recompensadora".

Apoio e a Palestra Magna

O sucesso de eventos dessa magnitude depende do esforço coletivo. Nos bastidores, Gabriela Midori Lopes da Costa e Laura Marcelino Martins ajudaram oferecendo apoio online que colaborou para a produção e a execução do IX FVDEM e do V SITEM, tentando fazer com que tudo ocorresse de forma fluida para os participantes.

Coroando a participação do grupo, o Prof. Dr. Marcelo C. Borba proferiu a palestra de abertura do simpósio, com o título "Seres-Humanos-Com-Mídias em tempos de Inteligência Artificial: uma perspectiva histórica sobre a agency das coisas em Educação Matemática", que provocou reflexões profundas sobre o presente e o futuro da interação entre humanos e tecnologia na Educação Matemática.

A participação dos bolsistas do GPIMEM nos eventos, portanto, foi um reflexo do DNA do grupo: colaborativo, inovador e comprometido em construir pontes entre a pesquisa acadêmica e a comunidade.